
Salvador, BA, Brasil, 1967
Vive e trabalha em Salvador, Brazil
Nádia Taquary canaliza as ricas correntes culturais da África pré-colonial, invocando o “protagonismo do feminino negro” como princípio orientador de sua prática artística. Suas esculturas e instalações funcionam como canais de sabedoria ancestral, imbuídas com as cores vibrantes e os motivos simbólicos das cosmologias africanas.No coração de sua série “Oríkì” está uma profunda homenagem à cultura Yorubá, onde os penteados escultóricos transcendem o simples adorno para se tornarem encarnações de reverência ancestral e empoderamento contemporâneo (Ori significa “cabeça” e ki significa “louvor”). Através de sua série “Dinkas Orixás” e das evocativas esculturas “Yabás”, Taquary captura a essência das tradições sagradas e dos espíritos guerreiros, criando uma ponte entre passado e presente, tradição e inovação. A artista também busca questionar e desconstruir as narrativas eugênicas, eurocêntricas e patriarcais que, por muito tempo, limitaram o acesso ao conhecimento e à compreensão relacionados ao rico legado das culturas africanas.
Em 2023, apresentou sua aclamada exposição individual “Ònà Irin: Caminho de Ferro” no Museu de Arte do Rio (MAR), no Rio de Janeiro. A exposição está atualmente em cartaz no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira em Salvador (BA), e em breve será apresentada no Sesc Belenzinho, em São Paulo. Mais recentemente, em 2024, a artista participou da 24ª Bienal de Sydney. Já neste ano (2025), apresentou uma obra comissionada na exposição “Formas das Águas” no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro e participou da 15ª Bienal de La Habana, em Cuba. Atualmente é destaque na coletiva “Musafiri”, em cartaz na Haus der Kulturen der Welt (HKW), em Berlim (Alemanha); e na exposição “Spiritual Form”, coletiva em torno do legado de Mestre Didi no El Museo del Barrio em Nova York, EUA, curada por Rodrigo Moura. Em setembro de 2025, será um dos destaques da 36a. Bienal de São Paulo.
Exposições recentes incluem: “Red Atlantic”, Palais des Nations, Genebra, Suíça (2024); “Dos Brasis”, Sesc Belenzinho, São Paulo, SP; e Sesc Quitandinha, Petrópolis, RJ, Brasil (2023–2024); “Um Defeito de Cor”, Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro, RJ; e Sesc Pinheiros, São Paulo, SP, Brasil (2023–2024); “The Precious Life of a Liquid Heart”, Institute for Studies on Latin American Art, Nova Iorque, EUA (2023); entre outras.
Formada em Literatura Vernacular e especializada em Educação, Estética, Semiótica e Cultura, pela Universidade Federal da Bahia.
Suas obras fazem parte de importantes coleções institucionais nacionais e internacionais, como: Pérez Art Museum Miami (PAAM), EUA; New York Museum of Art and Design (MAD), EUA; Institute for Studies on Latin American Art, Nova York (ISLAA), EUA; Pinacoteca de São Paulo; Inhotim; Museu de Arte do Rio – MAR; e Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM/BA.














