Para a SP-ARTE 2021, a Portas Vilaseca Galeria elaborou um projeto solo especial reunindo a então produção mais recente do artista mineiro Gustavo Nazareno, que consistiu em 10 pinturas em óleo de diferentes dimensões e 19 desenhos em carvão de sua série “Bará”. Em comum, são obras que emergem de fábulas, poemas e de uma espiritualidade pessoal do artista, norteada pelo orixá Exu e entidades ao seu redor.
Segundo a curadora e pesquisadora Ana Paula Lopes, que assinou o texto crítico, Gustavo nos transporta a um espaço onírico, de poder, mistério, suntuosidade e beleza, explorando de forma profunda a luminosidade, o claro e escuro, contorno e volume. Uma obra que reverencia a arte clássica e o romantismo barroco do mestre Aleijadinho, mas que também afirma seu ethos contemporâneo, transformada pelo panteão yorubaiano, seus ritos e giras, e por referências que percorrem a história da moda, a cultura queer e a cena voguing.
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por Ana Pigosso
